A Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do Brasil, divulgou um crescimento significativo de 21% no mercado fonográfico brasileiro durante o primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período do ano anterior. O faturamento do setor atingiu R$ 1,442 bilhão, considerando apenas as receitas nos formatos digital e físico.
Streaming como motor: O streaming continua sendo o principal responsável por esse crescimento, representando impressionantes 99,2% das receitas do setor. As vendas digitais e físicas subiram 21,1%, somando R$ 1,430 bilhão. Dentre as receitas, as assinaturas de plataformas digitais alcançaram R$ 995 milhões, um aumento de 28,4%. Além disso, o faturamento gerado pelo streaming remunerado por publicidade foi de R$ 436 milhões, com uma variação positiva de 6,6% em relação ao primeiro semestre de 2023.
Receitas digitais: Paulo Rosa, Presidente da Pro-Música, destacou que os números refletem o predomínio da distribuição de música pelas plataformas de streaming no Brasil, seguindo uma tendência mundial observada nos últimos 10 anos. Ele ressaltou que o crescimento de 21% nas receitas digitais e físicas do setor é um reflexo dos esforços e investimentos realizados pelas companhias fonográficas, tanto na produção de conteúdo musical nacional quanto em marketing e promoção de artistas brasileiros.
Vendas físicas em queda, vinil em alta: Embora o mercado digital tenha mostrado um crescimento robusto, as vendas físicas representaram apenas R$ 9 milhões, correspondendo a 0,6% do faturamento da indústria fonográfica brasileira no primeiro semestre. Entre os formatos físicos, os discos de vinil foram os mais vendidos, gerando R$ 6 milhões e apresentando um crescimento de 22,4%. As vendas de CDs, por outro lado, alcançaram R$ 2,5 milhões. Outras receitas digitais, que incluem downloads e conteúdo para telefonia móvel, representaram apenas 0,2% do total, com R$ 3 milhões.
Por que isso importa: Esses dados evidenciam a transição contínua do mercado fonográfico em direção ao digital, com o streaming se consolidando como a principal fonte de receita, enquanto os formatos físicos continuam a enfrentar desafios significativos.